sexta-feira, 9 de abril de 2021

O Silva - algumas obras

 




"Leian com muita atenção esta aula do Silva que sou eu mesmo. nasci errado e estou certo. para ser um bom artista ou pintor tem que nascer sabendo. Eu não durmo com o olho de ninguém. tenho horror a velhice. não confio em ninguem. levanto cedo e deito cedo. amanhan é sempre outro dia. ja nasci analnafabeto e sou um enquelectual. a vida não é so vida tem algo mais. pratico jinastica e de manhan corro mais do que um cavallo. gosto muito do mar e nado muito. tomo banho de sol todos os dias. não bebo e nem fumo. eu mesmo sou o meu medico. quero viver e chegar aos 100 anos. tenho muita força de vontade. sempre ajii sozinho sem ajuda de ninguem. meu deuz é a natureza e o resto é embrulho. nois somos Encantado e o mundo é um encanto. toda mulher é Flor da espinho Carinho e amor. quem não ama, não vive. Eu como amo estou vivendo. pinto de manhan até as 11 horas. Repouzo 3 horas por dia. Frecuento a picina e adoro um rabo de saia. as mulheres são remedio para os homens. quem não ama não esta vivendo e sim vejetando. quem nunca amou na vida não morreu não é nada. não tenho comprecto de enferioridade. sou eu mesmo. me criei no rabo do boi no meio dos urubus. porisso é que todos os meus quadros tem urubus. so falo a verdade e o que sinto. não sou simpre e nem convencido. vivo e ajo a minha moda. isto que escrevi é pura Filozofia da vida e do mundo. Estamos no meio das grandezas e continuamos com os olhos vendados". (sic)
José Antônio da Silva, 4 de agosto de 1976
SANT'ANNA, Romildo. Silva: quadros e livros, um artista caipira. São Paulo: Unesp, 1993.

https://www.escritoriodearte.com/artista/jose-antonio-da-silva

"Estão percorrendo todo Europa
Para todos apreciar
Mostrando as verdes peroba
E as praias linda do mar

As toras em cima do carro
O carreiro alegre trabalhando
O pasto molhado de orvalho
O carro triste cantando.

Mostrei o canavial
Mostrei o engenho de cana
Mostrei o cafezal
Mostrei as morenas bacana.

Lá foi o cateretê
O caboclo alegre sapateando
Para o mundo todo ver
O maior primitivo pintando.

Eu pinto a lavoura
Também pinto as pastaria
Pinto a empregada e a patroa
Pinto a Joana e a Maria.

Pinto carroça e carreta
Pinto carro e carretão
Pinto o pedreiro na picareta
Pinto o colono no enxadão.

(...)

Eu sou primitivo
Já nasci pintor
Quando mais eu vivo
Mais pinto com amor".
José Antônio da Silva
SILVA, José Antônio da. Sou pintor, sou poeta. São Paulo: Kosmos, 1982. p. 111.

Cachoeira

Cafezal

Chegada de João Bernardino de Seixas Ribeiro

Corcovado

Fim da Humanidade

Primeira queimada

Queimada

Rapto da noiva

Tempestade de vento

Travessia do Araguaia



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