Abre
Alas
Chiquinha
Gonzaga
Ó
abre alas que eu quero passar
Ó
abre alas que eu quero passar
Eu
sou da lira não posso negar
Eu
sou da lira não posso negar
Ó
abre alas que eu quero passar
Ó
abre alas que eu quero passar
Rosa
de ouro é que vai ganhar
Rosa
de ouro é que vai ganhar
Máscara
Negra
Zé
Kéti
Quanto
riso, oh, quanta alegria!
Mais
de mil palhaços no salão
Arlequim
está chorando
Pelo
amor da Colombina
No
meio da multidão
Quanto
riso, oh, quanta alegria!
Mais
de mil palhaços no salão
Arlequim
está chorando
Pelo
amor da Colombina
No
meio da multidão
Foi
bom te ver outra vez
Tá
fazendo um ano
Foi
no carnaval que passou
Eu
sou aquele Pierrô
Que
te abraçou e te beijou, meu amor
Na
mesma máscara negra
Que
esconde o teu rosto
Eu
quero matar a saudade
Vou
beijar-te agora
Não
me leve a mal
Hoje
é carnaval
Vou
beijar-te agora
Não
me leve a mal
Hoje
é carnaval
ALLAH-LÁ-Ô
(Haroldo Lobo-Nássara, 1940)
Allah-lá-ô,
ô ô ô ô ô ô
Mas
que calor, ô ô ô ô ô ô
Atravessamos
o deserto do Saara
O
sol estava quente
Queimou
a nossa cara
Viemos
do Egito
E
muitas vezes
Nós
tivemos que rezar
Allah! allah! allah, meu bom allah!
Mande
água pra ioiô
Mande
água pra iaiá
Allah!
meu bom allah
AURORA
(Mário Lago-Roberto Roberti, 1940)
Se
você fosse sincera
Ô
ô ô ô Aurora
Veja
só que bom que era
Ô
ô ô ô Aurora
Um
lindo apartamento
Com
porteiro e elevador
E
ar refrigerado
Para
os dias de calor
Madame
antes do nome
Você
teria agora
Ô
ô ô ô Aurora
Ô
BALANCÊ (Braguinha-Alberto Ribeiro, 1936)
Ô
balancê balancê
Quero
dançar com você
Entra
na roda morena pra ver
Ô
balancê balancê
Quando
por mim você passa
Fingindo
que não me vê
Meu
coração quase se despedaça
No
balancê balancê
Você
foi minha cartilha
Você
foi meu ABC
E
por isso eu sou a maior maravilha
No
balancê balancê
Eu
levo a vida pensando
Pensando
só em você
E
o tempo passa e eu vou me acabando
No
balancê balancê
MAMÃE
EU QUERO (Jararaca-Vicente Paiva, 1936)
Mamãe
eu quero, mamãe eu quero
Mamãe
eu quero mamar
Dá
a chupeta, dá a chupeta
Dá
a chupeta pro bebe não chorar
Dorme
filhinho do meu coração
Pega
a mamadeira e vem entrá pro meu cordão
Eu
tenho uma irmã que se chama Ana
De
piscar o olho já ficou sem a pestana
Olho
as pequenas mas daquele jeito
Tenho
muita pena não ser criança de peito
Eu
tenho uma irmã que é fenomenal
Ela
é da bossa e o marido é um boçal
ME
DÁ UM DINHEIRO AÍ (Ivan Ferreira-Homero Ferreira-Glauco Ferreira, 1959)
Ei,
você aí!
Me
dá um dinheiro aí!
Me
dá um dinheiro aí!
Não
vai dar?
Não
vai dar não?
Você
vai ver a grande confusão
Que
eu vou fazer bebendo até cair
Me
dá me dá me dá, ô!
Me
dá um dinheiro aí!
CACHAÇA
(Mirabeau Pinheiro-Lúcio de Castro-Heber Lobato, 1953)
Você
pensa que cachaça é água
Cachaça
não é água não
Cachaça
vem do alambique
E
água vem do ribeirão
Pode
me faltar tudo na vida
Arroz
feijão e pão
Pode
me faltar manteiga
E
tudo mais não faz falta não
Pode
me faltar o amor
Há,
há, há, há!
Isto
até acho graça
Só
não quero que me falte
A
danada da cachaça
A
JARDINEIRA (Benedito Lacerda-Humberto Porto, 1938)
Ó
jardineira porque estás tão triste
Mas
o que foi que te aconteceu
Foi
a camélia que caiu do galho
Deu
dois suspiros e depois morreu
Vem
jardineira vem meu amor
Não
fiques triste que este mundo é todo seu
Tu
és muito mais bonita
Que
a camélia que morreu
LINDA
MORENA (Lamartine Babo, 1932)
Linda
morena, morena
Morena
que me faz penar
A
lua cheia que tanto brilha
Não
brilha tanto quanto o teu olhar
Tu
és morena uma ótima pequena
Não
há branco que não perca até o juízo
Onde
tu passas
Sai
às vezes bofetão
Toda
gente faz questão
Do
teu sorriso
Teu
coração é uma espécie de pensão
De
pensão familiar à beira-mar
Oh!
Moreninha, não alugues tudo não
Deixe
ao menos o porão pra eu morar
Por
tua causa já se faz revolução
Vai
haver transformação na cor da lua
Antigamente
a mulata era a rainha
Desta
vez, ó moreninha, a taça é tua
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