quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Dia da Consciência Negra 4 - Mulheres Audaciosas

Maria Felipa de Oliveira
Mulher negra e pobre, Maria quase nunca é lembrada por seus feitos.
Moradora da Ilha de Itaparica, Maria queria um Brasil livre dos portugueses, responsáveis pela escravização do povo africano e da sua família. Os portugueses resolveram atacar com armas, e Maria decidiu participar em defesa da Independência. Primeiro espiava a movimentação das caravelas e depois tomava uma jangada para Salvador, onde passava as informações para o Comando do Movimento de Libertação.
Cansada do papel de vigia, resolveu entrar no combate. Ela sabia que uma frota de 42 embarcações se preparava para atacar os lutadores na capital baiana. Então, Maria convidou mais 40 companheiras para a ação.
Elas e as outras mulheres seduziram a maioria dos soldados e comandantes. Após leva-los para um lugar afastado, esperavam até que começassem a tirar as roupas. Quando finalmente os homens ficavam pelados, elas davam uma surra de cansanção (planta que dá uma terrível sensação de ardor e queimadura na pele), para depois incendiar todas as embarcações.
Essa ação foi decisiva para a vitória sobre os portugueses em Salvador, permitindo que as tropas vindas do Recôncavo entrassem sob os aplausos do povo, no dia 2 de julho de 1823.

Maria Felipa continuou sua vida de marisqueira e capoeirista, admirada pelo povo. Faleceu no dia 4 de janeiro de 1873.

Luísa Mahin
Nascida em Costa Mina, na África, no início do século XIX, Luísa Mahin foi trazida para o Brasil como escrava. Pertencente à tribo Mahi, da nação africana Nagô, Luísa esteve envolvida na articulação de todas as revoltas e levantes de escravos que sacudiram a então Província da Bahia nas primeiras décadas do século XIX.
Quituteira de profissão, de seu tabuleiro eram distribuídas as mensagens em árabe, através dos meninos que pretensamente com ela adquiriam quitutes. Desse modo, esteve envolvida na Revolta dos Malês (1835) e na Sabinada (1837-1838). Caso o levante dos malês tivesse sido vitorioso, Luísa teria sido reconhecida como Rainha da Bahia.
Como negra africana, sempre recusou o batismo e a doutrina cristã, e um de seus filhos naturais, Luís Gama (1830-1882), tornou-se poeta e um dos maiores abolicionista do Brasil. Descoberta, Luísa foi perseguida, até fugir para o Rio de Janeiro, onde foi encontrada, detida e, possivelmente, deportada para Angola, Não existe, entretanto, nenhum documento que comprove essa informação.


Fonte: http://www.palmares.gov.br/?p=26662

Jovita Feitosa
Jovita  nasceu em Tauá, Ceará, no dia 8 de março de 1848.
Filha de Maximiano Bispo de Oliveira e Maria Alves Feitosa mudou-se, ainda adolescente (16 anos), após a morte de sua mãe vitima de cólera, para Jaicós, no Piauí.
Aos 17 anos de idade, alistou-se para as forças militares da campanha da Guerra do Paraguai.
Disfarçou-se de homem: cortou o cabelo no estilo “alemão” ou “militar”, amarrou os seios, usou chapéu de couro e foi à procura da guarnição provincial. Conseguiu enganar os olhos dos policiais, porém, ao visitar o mercado público foi delatada por uma mulher que logo lhe reconheceu traços femininos com predominância da etnia indígena, além dos furos de brincos nas orelhas.
Ao ser levada para interrogatório policial, chorou copiosamente e manifestou o desejo de ir lutar nas trincheiras, com a mão no bacamarte.
Foi aceita no efetivo do Estado, após o caso chamar a atenção de Franklin Dória (1836-1906), o Barão de Loreto, então presidente da Província do Piauí, que lhe incluiu no Exército Nacional como segundo sargento. Recebeu fardamento que deveria ser parcialmente recoberto por uma saia e embarcou com corpo de voluntário para Parnaíba, litoral piauiense.
No navio a vapor que saiu de Teresina, a história registra que eram 335 voluntários que seguiram até Parnaíba onde recebeu o reforço de outros combatentes. A viagem seguiu pelo Maranhão, por Pernambuco e chegou ao Rio de Janeiro, em 9 de setembro de 1865.
Ao chegar ao Rio, Jovita ficou famosa. Todos queriam conhecer a mulher do Piauí que corajosamente queria ir à guerra. Na capital imperial foi entrevistada. Jovita chegou ao posto de primeiro-sargento, e recebeu homenagens e presentes por sua intenção de participação no conflito da Tripla Aliança.
No entanto, no Rio de Janeiro teve seu embarque negado, no final de 1865, pelo ministro da guerra, por ser mulher.
Foi expedido um ofício imperial, negando-lhe permissão para ir à frente de combate, dando-lhe apenas o direito de agregar-se ao Corpo de Mulheres que iria prestar serviços compatíveis com a “natureza feminina”, como a enfermagem, por exemplo.
Jovita resolveu permanecer no Rio de Janeiro, decepcionada com o acontecido. Caiu em profunda depressão e foi abandonada pelo marido, o engenheiro inglês, Guilherme Noot. Tinha 19 anos de idade, em 1867, quando cometeu suicídio com uma punhalada no coração.

Margarida Maria Alves
Nascida em Alagoa Grande, no dia 5 de agosto de 1933, Margarida foi Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande. Durante o período em que esteve à frente do sindicato, foi responsável por mais de cem ações trabalhistas na justiça do trabalho. Sua atuação no sindicato entrou em choque com os interesses dos fazendeiros locais e do proprietário da maior usina de açúcar local, a Usina Tanques.
Margarida foi assassinada por um matador de aluguel, no dia 5 de agosto de 1983. Ela estava em frente a sua casa, com seu marido e filho.
Mesmo com a exposição nacional do crime, que chegou a ser denunciado à Comissão Interamericana de Direitos Humanos, 33 anos depois nenhum dos mandantes foi condenado.
Em 2000, nasceu a “Marcha das Margaridas”, inspirada em Margarida Alves. A Marcha é uma mobilização das mulheres do campo e da floresta que integram o Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (MSTTR) e de movimentos feministas e de mulheres.


Carolina de Jesus
Carolina Maria de Jesus, nasceu no dia 14 de março de 1914, em Minas Gerais, Sacramento, uma comunidade rural onde seus pais eram meeiros.
Aos sete anos, a mãe de Carolina forçou-a a frequentar a escola depois que a esposa de um rico fazendeiro decidiu pagar os estudos dela e de outras crianças pobres do bairro. Carolina parou de frequentar a escola no segundo ano, mas aprendeu a ler e a escrever.
Após a morte de sua mãe, Carolina mudou-se para São Paulo. Na favela do Canindé, construiu sua própria casa, usando madeira, lata, papelão e qualquer coisa que pudesse encontrar. Ela saía todas as noites para coletar papel, a fim de conseguir dinheiro para sustentar a família.
Quando encontrava revistas e cadernos antigos, guardava-os para escrever em suas folhas. Começou a escrever sobre seu dia-a-dia, sobre como era morar na favela. Isto aborrecia seus vizinhos, que não eram alfabetizados, e por isso se sentiam desconfortáveis por vê-la sempre escrevendo, ainda mais sobre eles.
Em seu diário, ela detalha o cotidiano dos moradores da favela e, sem rodeios, descreve os fatos políticos e sociais que via. Ela escreve sobre como a pobreza e o desespero podem levar pessoas boas a trair seus princípios simplesmente para assim conseguir comida para si e suas famílias.
O diário de Carolina Maria de Jesus foi publicado em agosto de 1960. Ela foi descoberta pelo jornalista Audálio Dantas, em abril de 1958. Dantas cobria a abertura de um pequeno parque municipal. Imediatamente após a cerimônia uma gangue de rua chegou e reivindicou a área, perseguindo as crianças. Dantas viu Carolina de pé na beira do local gritando “Saiam ou eu vou colocar vocês no meu livro!” Os intrusos partiram. Dantas perguntou o que ela queria dizer com aquilo. Ela se mostrou tímida no início, mas levou-o até o seu barraco e mostrou-lhe tudo. Ele pediu uma amostra pequena e correu para o jornal.
A tiragem inicial de dez mil exemplares se esgotou em uma semana (segundo a Wikipédia em inglês, foram trinta mil cópias vendidas nos primeiros três dias).

Antonieta de Barros
Antonieta  nasceu no dia 11 de julho de 1901, em Florianópolis, Santa Cantarina. Seus artigos, crônicas e poesias eram assinados com o pseudônimo de “Maria da Ilha”.
Oriunda de família pobre e humilde, ainda criança ficou órfã de pai, sendo criada pela mãe. Dedicou-se desde cedo às letras. Desde os seus primeiros estudos já lecionava para o Magistério e em 1921 concluiu o Curso Normal na Escola Normal Catarinense. Ainda neste ano, fundou o Curso Antonieta de Barros, voltado para alfabetização da população carente que funcionou até 1952. No ano seguinte, fundou o Jornal A Semana, que circulou até 1927.
Sua mãe, escrava liberta, trabalhou como doméstica na casa do político Vidal Ramos, pai de Nereu Ramos, que viria a ser vice-presidente do Senado e chegou a assumir por dois meses a Presidência da República.
Por intermédio dos Ramos, Antonieta entrou na política e foi eleita para a Assembleia catarinense em 1934, dois anos depois de o voto feminino ser permitido no país.
Eleita pelo Partido Liberal Catarinense, foi constituinte em 1935, cabendo-lhe relatar os capítulos Educação e Cultura e Funcionalismo. Atuou na assembléia legislativa catarinense até 1937, quando teve início a ditadura do Estado Novo.
Com o fim do regime ditatorial, ela se candidatou pelo Partido Social Democrático e foi eleita novamente em 1947, desta vez como suplente. Antonieta continuou lutando pela valorização do magistério, exigindo concurso para o provimento dos cargos do magistério, sugerindo formas de escolhas de diretoras e defendendo a concessão de bolsas para cursos superiores a alunos carentes.
Ao longo de sua vida, Antonieta atuou como professora, jornalista e escritora. Faleceu no dia 18 de março de 1952.

Tereza de Benguela
“Rainha Tereza”, como ficou conhecida em seu tempo, viveu na década de XVIII no Vale do Guaporé, no Mato Grosso. Ela liderou o Quilombo de Quariterê após a morte de seu companheiro, José Piolho, morto por soldados. Segundo documentos da época, o lugar abrigava mais de 100 pessoas, com aproximadamente 79 negros e 30 índios. O quilombo resistiu da década de 1730 ao final do século. Tereza foi morta após ser capturada por soldados em 1770 – alguns dizem que a causa foi suicídio; outros, execução ou doença.
Sua liderança se destacou com a criação de uma espécie de Parlamento e de um sistema de defesa. Ali, era cultivado o algodão, que servia posteriormente para a produção de tecidos. Havia também plantações de milho, feijão, mandioca, banana, entre outros.
Após ser capturada em 1770, o documento afirma: “em poucos dias expirou de pasmo. Morta ela, se lhe cortou a cabeça e se pôs no meio da praça daquele quilombo, em um alto poste, onde ficou para memória e exemplo dos que a vissem”. Alguns quilombolas conseguiram fugir ao ataque e o reconstruíram – mesmo assim, em 1777, foi novamente atacado pelo exército, sendo finalmente extinto em 1795.


Elza
Aos 21 anos de idade Elza Soares já era viúva e tinha cinco filhos para criar —o que fazia cantando e compondo músicas. Com 32 anos sofreu muito para estar ao lado do jogador de futebol Garrincha, que se envolveu com ela quando ainda era casado.
Muitas tragédias abalaram a vida de Elza (como a morte da mãe, do Garrincha e de três dos sete filhos). Apesar das dificuldades, Elza disse certa que “a vida continua. Enquanto existir, quero mais dela”.



Marta
Marta Vieira é uma atacante que já ganhou cinco vezes o título de melhor jogadora do mundo, um recorde. Ela também é maior artilheira da história das Copas do Mundo de futebol feminino.
Como se não bastasse, é a maior artilheira da história da Seleção Brasileira (contando a Masculina e a Feminina) — com 100 gols, é maior que Pelé.

Dia da Consciência Negra 3

Você sabe a diferença entre racismo, preconceito e discriminação?
Sim, tem diferença e é uma diferença importante quando se trata de política social.

Racismo é quando a pessoa acredita que as características morais de uma pessoa (se ela é boa ou má, justa ou injusta, se é corajosa ou medrosa) estão ligadas à raça. É acreditar, por exemplo, que o negro é bandido, o indígena é preguiçoso e a loira é burra, simplesmente pela sua raça.
Preconceito é quando a pessoa acredita que outra é inferior ou pior sem conhecê-la, simplesmente por alguma característica dela, ou seja, quando a pessoa estabelece um pré conceito da outra. Não está ligado somente à raça, mas também pode ser preconceito de gênero, de condição social, religioso, etc. É uma opinião sobre outra pessoa baseada em alguma característica visível e não pela moral.
Discriminação é quando se priva o outro de um direito baseado no preconceito. É quando a pessoa proíbe alguém de estar em um lugar por ser negro ou homossexual; quando se tira o direito de alguém por ser pobre ou por ser de outra religião.
A discriminação envolve direitos e deveres e pode sim estar relacionado com o trabalho de vereador, que entre suas funções está a de legislar para toda a população e não só para um grupo específico e também a função de fiscalizar os serviços públicos e como eles são executados.


O poder público deve agir sem nenhuma discriminação, deve existir por todos e para todos.
Kelly de Oliveira

Dia da Consciência Negra 2 - Dandara


Dandara: a face feminina dos Palmares
            Durante os quase quatro séculos de escravidão negra no Brasil, a luta do povo negro e sua resistência sofreu tentativas sucessivas de serem apagadas das páginas da história oficial das elites. Observamos resistências até hoje de muitos brasileiros se identificarem como afro-descendentes, independente da cor da pele.
            O negro conservou seus traços de identidade que permanecem até a atualidade e atravessaram os séculos, além de lutarem bravamente para saírem da condição de escravos.
            A forma mais conhecida dessa resistência eram os quilombos que representavam a consolidação material da resistência dos negros à escravidão. Eram aldeias ou comunidades onde moravam muitos negros foragidos e serviam de reduto para receberem mais escravos que fugiam das fazendas a partir dos ataques que os quilombolas realizavam para libertar seus irmãos de cor.
            No Brasil, existiram quilombos em todas as regiões. O mais conhecido foi Palmares que abrangeu parte de diversos estados do Nordeste, durou mais de 100 anos e teve mais de 20 mil habitantes, por isso não foi fácil vencê-lo, levando a elite escravocrata até a negociar com seus líderes, (o pacto de paz com Ganga-Zumba, rei de Palmares) o qual Zumbi seu líder Máximo foi contrário.
            Todos nós, de alguma forma já ouvimos falar de Zumbi, embora sua memória por muito tempo esteve ocultada, mas, muitos personagens negros precisam ser lembrados como sua esposa guerreira Dandara.
            Dandara além de esposa de Zumbi dos Palmares com quem teve três filhos foi uma das lideranças femininas negras que lutou contra o sistema escravocrata do século XVII. Não há registros do local do seu nascimento, tampouco da sua ascendência africana. Relatos nos levam a crer que nasceu no Brasil e estabeleceu-se no Quilombo dos Palmares ainda menina. Não era muito apta só aos serviços domésticos da comunidade, plantava como todos, trabalhava na produção da farinha de mandioca, aprendeu a caçar, mas, também aprendeu a lutar capoeira, empunhar armas e quando adulta liderar as falanges femininas do exército negro palmarino. Dandara foi uma das provas reais da inverdade do conceito de que a mulher é um sexo frágil. Quando os primeiros negros se rebelaram contra a escravidão no Brasil e formaram o Quilombo de Palmares, na Serra da Barriga, em Alagoas, Dandara estava com Ganga-Zumba. Participou de todos os ataques e defesas da resistência palmarina. Na condição de líder, Dandara chegou a questionar os termos do tratado de paz assinado por Ganga-Zumba e pelo governo português. Posicionando-se contra o tratado, opôs-se a Ganga-Zumba, ao lado de Zumbi.
            Sempre perseguindo o ideal de liberdade, Dandara não tinha limites quando estavam em jogo a segurança de Palmares e a eliminação do inimigo. Chegando perto da cidade do Recife, depois de vencer varias batalhas, Dandara pediu a Zumbi que tomasse a cidade, isso é uma prova da valentia e mesmo um certo radicalismo dessa mulher. Sua posição era compartilhada por outras lideranças palmarinas. Para Dandara, a Paz em troca de terras no Vale do Cacau que era a proposta do governo português, ela preferiu a guerra constante, pois via nesse acordo a destruição da República de Palmares e a volta à escravidão. Dandara foi morta, com outros quilombolas, em 06 de fevereiro de 1694, após a destruição da Cerca Real dos Macacos, que fazia parte do Quilombo de Palmares.
            Não sabemos como era seu rosto, nem como era exatamente, podemos compará-la a duas deusas do panteão africano, uma Obá ou Iansã, uma leoa defensora da liberdade.
            Sua imagem vive e pode ser vista em cada pessoa que se identifica com suas origens, luta por liberdade, acredita em seus sonhos e “faz da insegurança sua força e do medo de morrer seu alimento, por isso me parece imagem justa para quem vive e canta no mal tempo”


Escrito por: Kleber Henrique. Professor de História.
Fonte: http://www.geledes.org.br/dandara-a-face-feminina-de-palmares/#gs.Zo89D_o

Dia da Consiência Negra

Dia da Consciência Negra
História do Dia da Consciência Negra, cultura afro-brasileira, importância da data, quem foi Zumbi dos Palmares, 20 de novembro

História do Dia Nacional da Consciência Negra
Esta data foi estabelecida pelo projeto lei número 10.639, no dia 9 de janeiro de 2003. Foi escolhida a data de 20 de novembro, pois foi neste dia, no ano de 1695, que morreu Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares.
 A homenagem a Zumbi foi mais do que justa, pois este personagem histórico representou a luta do negro contra a escravidão, no período do Brasil Colonial. Ele morreu em combate, defendendo seu povo e sua comunidade. Os quilombos representavam uma resistência ao sistema escravista e também um forma coletiva de manutenção da cultura africana aqui no Brasil. Zumbi lutou até a morte por esta cultura e pela liberdade do seu povo.

Importância da Data
 A criação desta data foi importante, pois serve como um momento de conscientização e reflexão sobre a importância da cultura e do povo africano na formação da cultura nacional. Os negros africanos colaboraram muito, durante nossa história, nos aspectos políticos, sociais, gastronômicos e religiosos de nosso país. É um dia que devemos comemorar nas escolas, nos espaços culturais e em outros locais, valorizando a cultura afro-brasileira.

 A abolição da escravatura, de forma oficial, só veio em 1888. Porém, os negros sempre resistiram e lutaram contra a opressão e as injustiças advindas da escravidão.
 Vale dizer também que sempre ocorreu uma valorização dos personagens históricos de cor branca. Como se a história do Brasil tivesse sido construída somente pelos europeus e seus descendentes. Imperadores, navegadores, bandeirantes, líderes militares entre outros foram sempre considerados hérois nacionais. Agora temos a valorização de um líder negro em nossa história e esperamos, que em breve outros personagens históricos de origem africana sejam valorizados por nosso povo e por nossa história. Passos importantes estão sendo tomados neste sentido, pois nas escolas brasileiras já é obrigatória a inclusão de disciplinas e conteúdos que visam estudar a história da África e a cultura afro-brasileira.

Você sabia?
 - 27 de outubro é o Dia Nacional de Mobilização em Prol da Saúde da População Negra.