sábado, 13 de outubro de 2018

Festa Junina 2018 - Região Norte


Esse ano, a turma da tarde estudou a região norte do Brasil e nossa apresentação foi o Carimbó.

Carimbó
Por Ana Lúcia Santana
Carimbó é uma sonoridade de procedência indígena, aos poucos mesclada à cultura africana, com a assimilação das percussões dos negros; e a elementos de Portugal, como o estalar dos dedos e as palmas, que intervêm em alguns momentos da coreografia. Originalmente, em tupi, esta expressão significa tambor, ou seja, curimbó, como inicialmente era conhecido este ritmo. Gradualmente o termo foi evoluindo para carimbó.
            Esta dança teve sua origem no território de Belém, mais precisamente na área do Salgado, composta por Marapanim, Curuçá e Algodoal; e também se disseminou pela Ilha de Marajó, onde era cultivada pelos pescadores. Acredita-se que o Carimbó navegou pela baía de Guajará, pelas mãos dos marajoaras, desembarcando nas areias do Pará, justamente nas praias do Salgado. Não se sabe exatamente em que ponto desta região ele tomou forma e se consolidou, embora Marapanim clame pela paternidade desta coreografia, editando anualmente o famoso Festival de Carimbó de Marapanim.
            De qualquer forma, esta cadência evoluiu para um formato mais moderno, inspirando decisivamente o nascimento da lambada e do zouk. Tradicionalmente este estilo musical era executado em tambores. Os tocadores golpeavam este instrumento, manufaturado com troncos de árvores, utilizando as mãos no lugar de pequenas varas. Eles eram secundados por reco-reco, viola, ganzá, banjo, maracás e flauta. Juntos, eles conferiam ao carimbó uma musicalidade original e voluptuosa.

            Nas décadas de 60 e 70 guitarras elétricas foram acrescentadas aos tradicionais instrumentos, e a dança passou a receber forte inspiração de ritmos como o merengue e a cúmbia. Ao se disseminar pela região Nordeste do país, ela impulsionou o surgimento da lambada, que se difundiria por todo o Planeta.
Nas décadas de 60 e 70 guitarras elétricas foram acrescentadas aos tradicionais instrumentos, e a dança passou a receber forte inspiração de ritmos como o merengue e a cúmbia. Ao se disseminar pela região Nordeste do país, ela impulsionou o surgimento da lambada, que se difundiria por todo o Planeta.
            Nas apresentações do carimbó os homens vestem blusas lisas ou mesmo estampadas, acompanhadas de calças sem estampas; eles não esquecem do lenço adornando o pescoço, do chapéu de arumã, e os pés ficam nus. As mulheres, por sua vez, trajam blusas que liberam os ombros e a barriga, para que fiquem visíveis, usam inúmeros colares e pulseiras confeccionadas com sementes que florescem na região paraense, sobre saias amplas ou franzidas, repletas de cores e estampas. Arranjos florais são dispostos sobre as cabeças, e elas igualmente dispensam sapatos.
            A coreografia principia com os casais posicionados em filas, e então o homem acerca-se de sua companheira batendo palmas, sinal para que ela se considere convidada para dançar. Elas cedem e dão início a um volteio circular, constituindo simultaneamente um amplo círculo, movendo as saias, com a intenção de arrojá-las sobre a cabeça de seu parceiro.
            A dança segue com uma das bailarinas lançando ao solo um lenço; seu companheiro, dobrado para frente e com os braços jogados para trás, simulando asas, abrem as pernas e se esforçam para apanhar o acessório com a boca, sem sair do ritmo. Enquanto isso a moça apanha a saia com as mãos, agita-a, como se ela fosse um peru, e todos cantam um trecho da música referente a este gesto: O Peru está na roda chô Peru. Tudo corre como se obedecesse, portanto, a um ritual pré-estabelecido, já memorizado por todos.
Fontes
http://pt.wikipedia.org/wiki/Carimbó
http://www.rosanevolpatto.trd.br/dancacarimbo.htm

http://www.infoescola.com/danca/carimbo/

Origem da Festa Junina 

 Existem duas explicações para a origem do termo "festa junina". A primeira explica que surgiu em função das festividades, principalmente religiosas, que ocorriam, e ainda ocorrem, durante o mês de junho. Estas festas eram, e ainda são, em homenagem a três santos católicos: São João, São Pedro e Santo Antônio. Outra versão diz que o nome desta festa tem origem em países católicos da Europa e, portanto, seriam em homenagem apenas a São João. No princípio, a festa era chamada de Joanina.
 De acordo com historiadores, esta festividade foi trazida para o Brasil pelos portugueses, ainda durante o período colonial (época em que o Brasil foi colonizado e governado por Portugal).
 Nesta época, havia uma grande influência de elementos culturais portugueses, chineses, espanhóis e franceses. Da França veio a dança marcada, característica típica das danças nobres e que, no Brasil, influenciou muito as típicas quadrilhas. Já a tradição de soltar fogos de artifício veio da China, região de onde teria surgido a manipulação da pólvora para a fabricação de fogos. Da península Ibérica teria vindo a dança de fitas, muito comum em Portugal e na Espanha.  
 Todos estes elementos culturais foram, com o passar do tempo, misturando-se aos aspectos culturais dos brasileiros (indígenas, afro-brasileiros e imigrantes europeus) nas diversas regiões do país, tomando características particulares em cada uma delas.  


Bico Doce
Gonzaga Blantez
Curió do bico doce, passarinho
Quem te trouxe pra chamar meu carimbó
Foi Verequete Verê, foi Verequete Verê
Foi Verequete, foi Lucinda e Cupijó

Na sombra do cajueiro, ô, ô, ô, ô
Lá no fundo do quintal a moça que roda a saia
É mimo de Marambaia na roda de carimbó

Na sombra do cajueiro, ô, ô, ô, ô
Lá no fundo do quintal a moça que roda a saia
É mimo de Marambaia na roda de carimbó

Curió do bico doce, passarinho
Quem te trouxe pra chamar meu carimbó
Curió do bico doce, passarinho
Quem te trouxe pra chamar meu carimbó

Curió do bico doce, passarinho
Quem te trouxe pra chamar meu carimbó
Foi Verequete Verê, foi Verequete Verê
Foi Verequete, foi Lucinda e Cupijó

Na sombra do cajueiro, ô, ô, ô, ô
Lá no fundo do quintal a moça que roda a saia
É mimo de Marambaia na roda de carimbó

Na sombra do cajueiro, ô, ô, ô, ô
Lá no fundo do quintal a moça que roda a saia
É mimo de Marambaia na roda de carimbó

Curió do bico doce, passarinho
Quem te trouxe pra chamar meu carimbó
Curió do bico doce, passarinho
Quem te trouxe pra chamar meu carimbó

Semana da Criança 2018 - Tarde





















Dia do Índio 2018


ÍNDIOS BRASILEIROS

Principais costumes dos índios brasileiros:
Embora cada nação indígena possua sua própria cultura com hábitos e costumes próprios, existem alguns costumes que são comuns a praticamente todos os povos indígenas brasileiros. São estes que relacionamos abaixo:
- Os índios brasileiros se alimentam exclusivamente de alimentos retirados da natureza (peixes, carnes de animais, frutos, legumes, tubérculos);
- Costumam tomar banho vários vezes por dia em rios, lagos e riachos;
- Os homens saem para caçar em grupos;
- Fazem cerimônias e rituais com muita dança e música. Costumam pintar o corpo nestes eventos.
- Desde pequenas as crianças são treinadas para as atividades que deverão desempenhar na vida adulta;
- Realizam rituais de passagem entre a fase de criança e a adulta;
- Moram em habitações feitas de elementos da natureza (troncos e galhos de árvores, palhas, folhas secas, barro);
- Fazem objetos de arte (potes e vasos de cerâmica, máscaras, colares) com materiais da natureza.  Esta atividade é desempenhada pelas mulheres das tribos;
- Tratam as doenças com ervas da natureza e costumam realizar rituais de cura, dirigidas por um pajé;
- Possuem o costume de dividir quase tudo que possuem, principalmente os alimentos;
- Possuem uma religião baseada na existência de forças e espíritos da natureza.


O que é a pajelança

A pajelança é um ritual de cura realizado pelos índios. Quem realiza este ritual é o pajé (curandeiro e líder espiritual da aldeia). No ritual, o pajé bebe uma espécie de bebida afrodisíaca, conhecida como tafiá e evoca espíritos de ancestrais ou de animais da floresta. Esta evocação serve para pedir orientação no processo de cura do paciente. Algumas ervas e plantas também podem ser usadas durante o ritual. Muitas vezes, o pajé queima algumas plantas ou ervas secas e joga sobre o corpo do paciente.

Durante o ritual, o pajé costuma dançar euforicamente e faz mímicas representando o animal que está incorporando no momento.

A organização social dos índios

Entre os indígenas não há classes sociais como a do homem branco. Todos têm os mesmo direitos e recebem o mesmo tratamento. A terra, por exemplo, pertence a todos e quando um índio caça, costuma dividir com os habitantes de sua tribo. Apenas os instrumentos de trabalho (machado, arcos, flechas, arpões) são de propriedade individual. O trabalho na tribo é realizado por todos, porém possui uma divisão por sexo e idade. As mulheres são responsáveis pela comida, crianças, colheita e plantio. Já os homens da tribo ficam encarregados do trabalho mais pesado: caça, pesca, guerra e derrubada das árvores.

Duas figuras importantes na organização das tribos são o pajé e o cacique. O pajé é o sacerdote da tribo, pois conhece todos os rituais e recebe as mensagens dos deuses. Ele também é o curandeiro, pois conhece todos os chás e ervas para curar doenças. Ele que faz o ritual da pajelança, onde evoca os deuses da floresta e dos ancestrais para ajudar na cura. O cacique, também importante na vida tribal, faz o papel de chefe, pois organiza e orienta os índios.

A educação indígena é bem interessante. Os pequenos índios, conhecidos como curumins, aprender desde pequenos e de forma prática. Costumam observar o que os adultos fazem e vão treinando desde cedo. Quando o pai vai caçar, costuma levar o indiozinho junto para que este aprender. Portanto a educação indígena é bem pratica e vinculada a realidade da vida da tribo indígena. Quando atinge os 13 os 14 anos, o jovem passa por um teste e uma cerimônia para ingressar na vida adulta.